terça-feira, 11 de novembro de 2008

Tetê Zen


A partir dessa semana tudo será diferente, hahá! Como o tempo está mais firme, mais ensolarado, vou passar a caminhar todos os dias com minha mama. Preciso perder peso, ainda tenho dez quilichos pela frente.

Começamos firme e fomos passear no Ibira ontem, nós duas, Alan e Gugu. O Gu fez a maior farra no carrinho, foi o caminho todo soltando “ie iés”, todo feliz de passear. De repente bateu aquela fominha no baixinho e paramos em uma daquelas alamedas menos freqüentadas para o lanchinho das dez.

Adorei amamentar o Gustavo lá, a calma, as árvores, os pássaros, sensacional. Com certeza o Gu gostou também: tomava um pouquinho de leite e saia do peito para bater um papinho, com aquele olhar de amor que ele faz e me derrete inteira. De repente ele soltou uma gargalhada!!! E soltou outra na seqüência, para que eu tivesse certeza do que ele tinha feito. Ainda bem que eu não estava sozinha, a mãe e o Alan ouviram também, podem afirmar que é verdade!

Pra não perder o hábito, sempre que ele solta uma novidade dessas, chorei.

Amo tanto esse menino...

Bruuuuu

Semana passada o Gu aprendeu a fazer bruuuuuuu! Ainda não conseguimos filmar, mas ele faz um brrrruuuu completo, com direito a tremer beicinho e tudo.

O Gustavo também passou a ter certeza de uma desconfiança antiga: ele tem duas mãos. Fica maravilhado olhando os dedinhos e socando eles na boca. Às vezes ele erra e mete a mão na testa, na orelha, muito engraçado.

Esse menino promete.

Dois Meses


No segundo mês o Gu já está com 60 cm e 5.190kg. Ou seja: peso ideal e tamanho de quatro meses. Nada anormal para quem tem um Papi de 1.93cm e uma Mama de 1.78cm.

Ele tem certeza que já pode conversar, bater papinho. Colocamos ele sentadinho no travesseiro e ele fica batendo o maior papo, prestando atenção e respondendo a tudo que falamos! Ie ie, Guuuuuu, ahhhhhhh, o repertório é vasto. O mais engraçado é que ele é super expressivo, conforme a entonação ou a seriedade do assunto ele vai mudando a carinha, fazendo biquinho.

Completamente apaixonado pela vovó, para de mamar toda vez que ouve minha mãe. Ele é muito esperto e muito risonho. Até quando ele chora a gente dá risada, por que ele monta um beiço... Ai, ai, nem sei de quem ele puxou...

Pistola

Provavelmente o Gustavo vai querer morrer quando estiver grande e lendo esse blog (essa é a idéia), mas a verdade tem que ser dita. Eita menino bem disposto!!! Ele fica de pistola tão durinha que fica complicado até de trocar a fralda!

E sim, às vezes ele me pega de surpresa e faz xixi na própria orelha, acerta o olho, um horror...

Hahahahaha!

Em casa


Não foi novidade nenhuma o Gustavo gostar da madrugada, na pancinha já era assim, corujinha como a mamãe dele. As primeiras semanas foram meio complicadas, as cólicas pegaram forte e ele acordava muito durante a noite. Como sou muito banana e acho tudo que ele faz maravilhoso, não consigo lembrar dele ter dado aquele trabalho de deixar o cabelo em pé que todos falam.

Pulularam umas brotoejas, que curamos com maizena e menos roupa.
Desconfiamos de sapinho e resolvemos levar ele no Samaritano. A médica de lá, assim como o primeiro pediatra que ele visitou, não identificaram o sapinho, mas a boquinha dele estava com pontinhos brancos constantemente.

Comecei a ter fissuras no peito, alguns cortes chegaram a circular o mamilo todo. Mesmo usando a pomadinha Lansinoh meu peito sangrava. Chorava cada vez que o Gu fazia a pegada, minha mãe ficava de mãos dadas comigo e me dava a maior força do mundo. Chorava também com medo de não alimentar o Gu do jeito que ele precisava, mas não desisti de amamentar de jeito nenhum, prometi pra mim mesma que só pararia se o bico caísse (ieca).

Levamos o Gu na Dra. Cleide, pediatra que acompanha ele desde então, e ela identificou o sapinho. Ainda mais, relacionou isso às terríveis fissuras que tive no peito. Começamos a passar o mel rosado, na boquinha do Gu e no meu peito. A melhora veio rápido, meu peito cicatrizou e eu fiquei só alegria!!!

Ter minha mãe do lado é sempre maravilhoso e passou a ser mais maravilhoso ainda. Depois de ter me transformado em mãe, consigo dimensionar o amor que ela e meu pai têm por mim. Isso só faz crescer o amor incondicional e a admiração que tenho por ela, a vontade de estar juntinho o tempo todo.

Na maternidade


Minha ficha demorou muito pra cair, levou um dia e meio até a cabeça, o coração e o corpo entenderem que o Gu não estava mais na pancinha e sim do lado de fora tomando tetê. Durante a noite tive uma crise de choro sem precedentes, uma alegria que transbordava para todos os lados, junto com o amor que parecia crescer cada vez mais. Eu e o Alan alternávamos as crises de choro, mas sempre um motivava o outro a chorar.

Nossa estada no Santa Catarina foi muito gostosa, recebemos muuuitos amigos e a família toda reunida, foi sensacional. Nossa porta era a mais florida do andar, a mais alegre, repleta do carinho que recebemos de todos os lados.

As enfermeiras foram sensacionais, super carinhosas. Elas pegam o neném no colo com a praticidade de um carregador de batatas, e eles adoram! Recebemos uma sabatina de “dicas de utilização ao novo proprietário”.

O primeiro banho foi do Alan, imagina só como ele não ficou com essa idéia... O segundo dia foi meu, tão piquitico na minha mão, ai ai! Sem querer ser indiscreta e nem expor a intimidade do rapaz, o Gu fez o maior sucesso no berçário por que era o mais sacudo... Hahahaha! Pistolinha da minha vida!

O Gu é o primeiro neto e o primeiro bisneto, dos dois lados. Até hoje me emociono quando vejo minha avó e o meu avô com ele nos braços, o Gu se abre em risadas, todo fofinho.

A sensação de sair do hospital foi muito engraçada, a partir daquele minuto no more enfermeiras para livrar a cara na hora do sufoco, a responsabilidade era completamente nossa.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O Dia D

No último ultrassom do Gustavo, a fofa da Dra Cintia detectou duas argolinhas no Gu, ele estava de cordão no pescoço. Fui ao Dr. Sidney, meu suuuuper médico, no dia 18. Ele me examinou e detectou que o Gu estava no ponto. “Bom Chris, como o neném é grandão e ele está com essas voltinhas, é melhor optarmos pela cesárea. Vamos marcar? Deixo ver... Amanhã às 15:00hs?”

Comecei a pensar nas reuniões agendadas até o final da semana para passar todas as coisas do serviço, na correria que ia ser acertar tanta coisa em apenas algumas horas. Já estava me preparando para a licença há um tempão, mas é como se não estivesse. E sabia que uma hora o Gu ia sair da pancinha, mas jamais imaginei uma data marcada para que isso acontecesse. Na hora que ele falou “amanhã às 15:00hs”, comecei a contar cada segundinho para que chegasse logo, a ansiedade tomou conta de mim e não conseguia raciocinar mais nada direito.

Nessa hora, nada melhor do que repartir:
“- Lindo, o Dr. Sidney marcou o parto para amanhã às 15:00hs, tenho que dar entrada no hospital ao meio-dia!!!
- Nossa Linda, como assim? Ai meu Deus, minha perna tá tremendo. Calma, to saindo da Movie agora!
- Calma Lindo, o parto está agendado só para amanhã, to voltando pra Votorantim para pegar minhas coisas e acertar tudo por lá.
- COMO ASSIM?”

“- Gabi, então... O Gu nasce amanhã às 15:00hs!!!
- Calma Chris, fala devagar que se não eu desmaio”

E assim lá fui eu, propagando a ansiedade e o desespero para família, amigos e para o Thiago, tão de cabelo em pé lá na Voto quanto eu. Fiquei no serviço até nove da noite e comecei a sentir uma pressão danada na barriga. Pensei comigo, mais uma Braxton Hicks de despedida. E olha, que “braxtona”, não parava!

As contrações continuaram e comecei a perceber que, se fosse Braxton, não aconteceria com intervalos certinhos de quinze minutos... A minha marida Gabi, prá dar aquela forcinha, solta um “é psicológico Chris, só por que o Dr. Sidney disse que o Gu vai nascer amanhã você está sugestionada e começou a sentir as dores do parto...” E eu morrendo de dor, mandando a Gabi em pensamento prá aquele lugar, por que se aquela dor era psicológica, não sei o que é doer de verdade...

Passei a noite tendo contrações, até chegar ao intervalo de cinco em cinco. Consegui falar com o Dr. Sidney, liguei para o Alan, e me mandei para o hospital com a mama e a Gabi, a essa altura mais desesperada do que eu.

Burocracia, passa na internação, vai pro toque, mede as contrações, toma remedinho aqui, e lá vamos nós. Fui para a salinha do pré-operatório e uma louca queria me vender o serviço de foto e imagem do parto entre uma contração e outra. A sorte dela é que estava doendo muito para que eu tivesse a força necessária pra jogá-la janela abaixo.

Fui para a salinha da cirurgia e chegou a hora tão feliz: ANESTESIA!!! Dali pra frente foi uma beleza, tudo azul!!! Foi tudo muito rápido, corta daqui, corta de lá, e o Alan olhando para mim, morrendo de medo de ver sangue.

De repente ouço aquele choro super forte e vejo o Gugu nas mãos do Dr. Sidney, todo esparramadinho, rugindo forte para avisar ao mundo que era mais um leãozinho chegando. Eu e o Alan aos prantos, acompanhando o rugido.

O melhor momento que já vivenciei na minha vida foi quando a enfermeira o trouxe pertinho do meu rosto e do Alan. Ele ainda chorava forte, mas quando ouviu a minha voz parou na hora e estendeu a mãozinha até chegar ao meu rosto.

Não existem palavras para expressar o turbilhão que passa na cabeça e no coração nessa hora. Esse segundo, que ele parou de chorar por que me reconheceu se transformou no melhor segundo da minha vida! Essa farinha de tempo é mais que suficiente para me considerar a mulher mais feliz do mundo inteiro.

O Gu nasceu no dia 19 de agosto de 2008 às 12:10hs, com 51,5cm, 3.400kg, a orelha do Alan, meu nariz de batatinha e a cara do Vô Catapimba. A partir daí o nosso mundo se tornou completo, nosso coração cheio do mais puro amor e as nossas bocas cheias de beijinho para nosso pezinho de bisnaga fofinho.


Oi nós aqui outra vez... TCHAN!

Oi gentiiiiiiiiiiiii!

Faz um século que não atualizo a Casa da Joana, mas tenho certeza que toda mãe é capaz de entender a loucura desses primeiros meses de maternidade...

Não posso culpar o Gustavo em nada, ele é um fofo!!! Dorme bem à noite e é só risadas, um menino muito bonzinho. Eu é que preciso parar de “lamber a minha cria” 24 horas por dia e lembrar que tem um mundo lá fora. Confesso que, apesar de necessária, essa idéia não me apetece nenhum pouco. Postar as mensagens aqui no blog foi uma das poucas coisas que senti falta nesses dois meses, então se preparem que aí vem chumbo grosso :). Vou tentar atualizar tudo tudinho, desde a hora que o Gu chegou.

Vamos lá?