Essas crianças (parte 2)

- Nossa amor, que cheiro horrível que tá nesse carro! Se foi você pode falar, sabemos que nosso amor sobreviverá...
- Não linda, não fui eu!
- Bom, será que a Tia Wanda fez sacolão e esqueceu o brócolis no banco de trás? Yasmin, olha pra Titia se tem alguma sacolinha no chão.
- Não tem não...

O Tio Lan Lan, em um golpe mestre de aproximação detecta a fonte do cheiro... Lá vou eu de novo:

- Min, você fez cocô na calça?
- Não titia...
- Você tem certeza?
- Não titia...

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Corujinha

Um dia desses , quando já era praticamente uma hora da manhã:

- Filhinho, será que você vai ser Corujinha igual a sua mãe, gostar de ficar acordado até altas horas? Conta pro seu Pai, mostra pra ele vai....

E o Gustavo mandou um chutão na mão do Alan.

Será??? Bom, mamãe coruja com certeza eu vou ser!

Chutão

Estava morrendo de saudades do Alan ontem e dei um abraço mega forte nele quando ele chegou.

O Gustavo meteu um chutão de lá de dentro!!! Foi tão forte, tão forte, que o Alan sentiu na barriga dele... Foi a primeira vez que o Alan sentiu o Gustavo chutar, e o mais engraçado, de pancinha para pancinha.

Esse menino...

Mas por que Gustavo?

Essa história de querer ser mamãe me acompanha praticamente desde quando nasci, volta e meia pensava nos nomes que escolheria quando chegasse a minha vez.

Sempre gostei de Gabriel, não pensava em outro nome para menino. A Cá ficou grávida, eu falei Gabriel e ela pensou "gostei"! Resultado: nasceu o Bib's. O Biel é nosso amigão, sem dúvida a criança mais feliz e mais carinhosa que eu já amei. Ele nos deixa felizes simplesmente o tempo todo, é companheiro e principalmente muito ciumento. Quando a gente fica um tempo sem se ver dói de saudade, sabe?

Agora já tenho uma teoria diferente... Acho que eu sempre gostei tanto de Gabriel por que ele seria o Anjinho que cuidaria de todos nós, inclusive de mim e do filhinho que estava a caminho para mim e para o Lan Lan.

Começamos a pensar em outros nomes e Gustavo surgiu rapidinho. É esse, pensei comigo. Restava saber se o Alan ia gostar. Ele até que tentou contestar tadinho, mas o nome já estava lá, era o Gu mesmo.

O nome Gustavo significa "bastão de combate ou cetro do rei".... Estranho... Para mim Gustavo significará "aquele que traz a alegria, filhinho amado com pezinho de bisnaga".

Essas crianças...

- Ô Bib’s, você acha que o neném vai ser menino ou menina?
- Menininho...
- Você vai cuidar dele?
- Não.
- Mas só um pouquinho vai?
- Então tá bom vai... Só um pouquinho.

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- A Tia Chris tá com uma fome danada Bi, tô indo lá em casa dar comidinha para o neném.
- Você tira ele da barriga para dar comidinha?
- Não Bi, tem um canudinho que leva comida prá ele lá na minha barriguinha.
- Ele precisa sair logo daí pra ir comigo na escola...

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- Lô, você acha que vai ser menininho ou menininha?

- Menino, e vai chamar Mariano!

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- Belinha, você acha que é menininho ou menininha o neném que tá na barriga da tia?

- Iiinho

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Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Incontrolável, incontestável, impossível e indiscutível.

Quando bate esse soninho de grávida, o olho tem que fechar, nem que seja por apenas 10 minutinhos. É como se o pequeno começasse a cantar canção de ninar pra mãe de lá de dentro da pancinha, uma música hipnotizante e irresistível. O olho vai ficando pequenininho, pequenininho, quando você vai ver, puf! Já fechou os olhos, está em outra. Engraçado perder o controle do olho, na verdade do corpo inteiro.

Hoje vou pegar o meu kit pancinha da natura e começar a me besuntar de creme pra valer. Afinal de contas, nenhum de nós merece terminar 9 meses com uma pancada de estrias, né?

E por falar nessa história de Feijão...

Feijão foi o apelido que o baby ganhou logo de cara. Coisa da Tia Gabi, que logo deduziu que o Feijãozinho dela estava a caminho. Provavelmente efeito do dia inteiro de choro, afinal ela foi a primeira pessoa a saber da gravidez e se acabar comigo lá no Cura mesmo.

E não é que a coisa pegou? Quando a gente foi perceber era um tal de Feijão prá cá, Feijão prá lá... Ficou tão sério que o apelido passou até a ter derivativo: Feijones.

O Piá me colocou um susto, contou uma história de um amigo dele que tem o apelido de Feijão desde a barriga. O resultado foi uma marca de nascença com formato de feijão bem encima do nariz. Fiquei com um friozinho danado na barriga, mas não há de ser nada não... Semana que vem já confirmamos o sexo e aí o baby já ganha nome. Não vejo a hora!!!

Era uma vez...

uma mãe maluca com um pai maluco que decidiram fazer maluquices uma semana antes da mãe maluca entrar na faca para tirar uma meleca razoável do cabeçon.

Era uma vez também um neném maluco, que achou melhor se esconder em um cantinho muito secreto e não deixar ninguém saber que ele estava lá. Afinal de contas, ele já conhecia lá de cima seus Pais Malucos, não queria preocupar ninguém. O importante era ele saber que ficaria tudo bem.

Um belo dia o pequeninho decidiu dar às caras, não tinha como se esconder pra sempre. Mostrou seu coraçãozinho batendo forte na telinha e o que ele sentiu foi o coração da Mãe Maluca batendo mais forte ainda. Depois disso, tudo ficou muito estranho. Vozes novas chegavam todo dia via umbigo molecular para dar boas vindas e ele começou a sentir o AMOR. Cada vez mais e mais, e isso ajudava ele a crescer cada vez mais e mais.

O pequeno hoje já não é tão pequeno assim, essa história de crescer vai durar um bom tempo ainda. Tempo suficiente para que o mundo conheça ele ao vivo, cores, gases e golfadas....